As mudanças de preços nos postos de combustíveis de Mogi das Cruzes já chamam a atenção dos consumidores e vem reduzindo o movimento, refletindo o aumento anunciado na última terça-feira (15) pela Petrobras para a gasolina e o diesel nas distribuidoras. O valor médio de venda da gasolina subiu de R$ 2,52 para R$ 2,93 por litro, um aumento de 16,3%, ou seja, R$ 0,41 por litro. Já o diesel sofreu reajuste com o preço de venda para as distribuidoras aumentando em R$ 0,78. O valor passou de R$ 3,02 para R$ 3,80 por litro, representando um aumento significativo de 25,8%.
De acordo com o proprietário de um posto de combustíveis na rua Ipiranga, em Mogi, o aumento já foi implementado nesta quarta-feira (16), seguindo o anúncio da estatal. "Como o aumento foi divulgado na terça-feira e passou a valer a partir de hoje, já percebemos a alteração. A distribuidora repassou o valor do combustível com o preço já reajustado.", explicou Geraldo Tadeu, proprietário do posto.
O empresário procura formas para lidar com a dificuldade de atrair clientes. "Já está sendo difícil atrair clientes com esse aumento, mas infelizmente estamos limitados nas opções. Oferecer serviços extras, como ducha grátis e limpeza, é uma forma de tentar manter o funcionamento do posto", comentou.
Sérgio Gouveia, frentista de um outro posto próximo, observou que muitos motoristas optam por abastecer em pequenas quantidades em vez de encher o tanque, o que tem se mostrado mais viável. "Nas horas de pico, por volta das 6h e 7h da manhã, quando as pessoas estão indo trabalhar, costumávamos atender cerca de 50 veículos. Hoje, devido ao reajuste, atendemos cerca de 35 veículos, e além disso eles não enchem o tanque, colocam R$ 50, porém amanhã, já tem que voltar de novo para abastecer", relatou o frentista.
Os consumidores também estão sentindo o impacto no bolso. Edson Leite, contador, expressou sua preocupação com o aumento: "Eu vi isso pela manhã e achei absurdo. Antes, enfrentávamos reajustes de 5% ou 6%, mas um aumento de 16% é inaceitável."
Edson é morador de Mogi e utiliza seu veículo também para atividades profissionais. "Não há outra alternativa senão economizar e usar somente o necessário. Não só eu, mas muitas outras pessoas foram pegas de calças curtas”, desabafou o contador.
Roseli Vieira, aposentada, compartilha a mesma preocupação e enfatiza que o aumento dos combustíveis tem um efeito em cascata. “Afeta tudo, alimentação, medicamento, tudo começa a subir depois que o combustível aumenta”, lamentou.
*Texto supervisionado pelo editor.