O Movimento Pedágio Não articula a realização de uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o deputado André do Prado (PL), para fortalecer o apoio contra a cobrança de pedágio na rodovia Mogi-Dutra. Segundo o fundador do movimento, Paulo Boccuzzi, eles já estão em contato com a assessoria do deputado e a data poderá ser agendada ainda esta semana. 

No momento, está em andamento a coleta de assinaturas para petição online contra o pedágio, que já conta com cerca de três mil assinaturas. A meta estabelecida pelo movimento, era que ao atingir 10 mil assinaturas, seria dada a entrada em um petição física, mas Boccuzzi não descarta a possibilidade de encaminhar a petição física antes mesmo da meta ser atingida: “A petição física tem valor muito grande, e a gente possui um bom canal com toda a cidade para fazer isso evoluir rapidamente”. Os interessados podem assinar pelo link

Após o buzinaço promovido na última sexta-feira (25) na passagem subterrânea Oswaldo Crespo de Abreu, conhecida como Buraco do Padre, o movimento não pretende realizar mais manifestações até nova audiência. Uma liminar foi concedida a pedido da Prefeitura de Mogi suspendendo a audiência realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), em São Paulo, no dia 18 de agosto, e outros atos referente a licitação das rodovias. Boccuzzi afirma que a decisão foi tomada durante a reunião que ocorreu após o buzinaço: “Embora algumas pessoas tivessem sugerido novas manifestações para essa semana, a maioria acredita que devemos guardar energia para um ato grande no dia da audiência que está prevista para acontecer em Mogi das Cruzes, sem data marcada”. 

O grupo, segundo Boccuzzi, agora se mobiliza para concretizar o encontro com o deputado e fortalecer a petição online, além de encaminhar aos responsáveis pelo projeto de concessão das rodovias um manifesto de repúdio assinado pelas entidades que apoiam a oposição: Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes (Sincomércio), o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes e a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (AEAMC).

“Se não fizermos essa audiência, por 30 anos teremos que pagar esse valor absurdo, e nossos filhos e netos terão que pagar por isso”, afirmou o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez . Segundo ele, a instalação do pedágio poderá deixar Mogi estagnada no tempo, e gerar desinteresse por parte do comércio e prestadores de serviços para determinadas regiões, além de um aumento do valor de alimentos. “A população em massa presente para que a Artesp entenda que que isso não vem de encontro às necessidades da cidade”, concluiu Martinez. 

Rota alternativa 

O vice-presidente da AEAMC, o Arq. Nelson Bettoi Batalha Neto, se reuniu na última quinta-feira (24/08), com a Eng. Raquel França Carneiro, da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), para apresentar a alternativa proposta pela Associação para o projeto do Governo do Estado, com a interligação do Rodoanel até a Mogi-Bertioga, sem o pedágio.

A proposta da aeamc prevê o acesso à Bertioga com opção de dois pontos a partir do Rodoanel. Um deles tem ponto de partida na Estrada dos Moreiras, no bairro Sete Cruzes, em Suzano, onde há uma área já desapropriada para implantação de acesso de entrada e saída do Rodoanel, próximo a Estrada dos Fernandes e acessando a Rodovia Quatinga-Barroso (SP-043), junto à Estrada Índio Tibiriçá (SP-031).

O trajeto alternativo proposto segue até a Estrada das Varinhas (SP-039) ou Estada Jundiapeba-Taiaçupeba, acessando a Estrada Mogi-Taiaçupeba (SP-102), e depois seguiria por um novo trecho de sete quilômetros, margeando a adutora de água de abastecimento de Salesópolis/São Paulo, até atingir a Mogi/Bertioga (SP-098) no início da serra.

Outro ponto de acesso sugerido pela aeamc está no entroncamento do Rodoanel com a Estrada Mogi/Suzano (SP-066), seguindo até o Distrito de Jundiapeba e em seguida, a Estrada das Varinhas (SP-039) ou Estrada Jundiapeba/Taiaçupeba com direção à Mogi/Taiaçupeba, repetindo depois o final do trajeto da primeira opção proposta.

Segundo o Arq. Nelson Batalha, a proposta deve ser apresentada pela engenheira ao diretor da Artesp, Milton Persoli. “A reunião mostra que há interesse em dar uma resposta. Eles têm que conhecer mais de perto assunto para poder responder”, destacou.

*Texto supervisionado pelo editor.