Com foco nas ações de sustentabilidade, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê trouxe para debate a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabelece os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além das práticas de ESG. Os temas, assim como seus desafios e oportunidades, foram alguns dos assuntos discutidos na Reunião do Conselho Diretor da entidade, na última quarta-feira (23), que reuniu conselheiros e empresários da indústria regional.
Os padrões de ESG (Ambiental, Social e Governança, na tradução) fazem parte da rotina das indústrias e mais que uma sigla o conceito tem permeado a cultura empresarial. Já os ODS dizem respeito a assuntos urgentes como as mudanças climáticas, o combate à pobreza e fome, além da sustentabilidade.
"As práticas sustentáveis se tornaram uma necessidade para as empresas e temos que acompanhar os concorrentes internacionais. Com essa visão, o Ciesp busca se aproximar dos associados trazendo temas relevantes que ajudam no dia a dia das indústrias", destacou o diretor regional do Ciesp Alto Tietê, José Francisco da Silva Caseiro.
O economista Rodrigo Furgieri Mancini, que apresentou a palestra "Agenda 2030 e ESG: desafios e oportunidades" reforçou que os ODS e as ações de ESG andam de mãos dadas, já que a primeira norteia as práticas de governança ambiental, social e corporativa.
"Não é só falar que adota os ODS e usar a logomarca, o mundo está mudando e está começando a cobrar posicionamentos mais robustos. Em relação a ESG é muito importante que a ação não seja isolada dentro da empresa. A governança territorial é praticamente a base para que se consiga de fato implementar projetos de ESG conectados com os ODSs. Estamos falando de programas que devem estar ligados aos territórios locais, além de privilegiar parcerias entre as instituições e órgãos públicos envolvidos dentro de um só objetivo", esclareceu.
Para a bióloga e mestre em Direito Ambiental, Gabriela Murad, os ODS e o conceito de ESG estão intimamente ligados à Agenda Verde, que trata dos licenciamentos ambientais voltados para a preservação de florestas e biodiversidade. A especialista abordou o tema durante palestra e orientou os empresários sobre o assunto. "Quando for ampliar ou iniciar uma atividade é preciso procurar um profissional habilitado que faça um estudo prévio para ver o que pode ou não construir, e assim, não ter gastos desnecessários e sem destinação correta", observou.