Amanda Alves Assami, consultora de vendas, descobriu sua paixão pelo Taiko, uma arte ancestral de tocar tambores japoneses, ainda na infância. Hoje, aos 24 anos, ela celebra uma jornada de 17 anos dedicados ao ritmo e acredita que tocar Taiko desempenha um papel significativo na preservação e promoção da cultura japonesa "O taiko é um instrumento de percussão tradicional japonês que tem uma história rica e é considerado uma forma de arte importante no Japão. Ao aprender e praticar o Taiko, os brasileiros têm a oportunidade de se conectar com as tradições culturais japonesas. Eles aprendem técnicas, ritmos e músicas que têm sido transmitidas há gerações no Japão. Isso ajuda a manter vivas as práticas culturais e transmiti-las para as gerações futuras", informou Amanda.
Nascida e criada em uma família nipo-brasileira, Amanda teve seu primeiro contato com o Taiko quando visitou um festival japonês em Mogi das Cruzes aos quatro anos de idade. "Tudo começou quando eu tinha quatro anos. Meu avô participava do Bunkyo na época, e minha família foi prestigiar o Akimatsuri. Lá, assistimos a uma apresentação no Yagura, e nesse dia minha mãe se encantou e perguntou se eu poderia participar daquele grupo também. Como eu era bem nova, eles pediram que eu completasse pelo menos sete anos. Esperei até eu alcançar essa idade, e no começo do ano em que completei sete anos, fomos procurar o grupo, e estou com eles desde então", relatou.

Para a consultora, os festivais que acontecem no Brasil, também são uma das formas de manter a cultura japonesa presente. " As apresentações de Taiko são um espetáculo visual impressionante. Ao se apresentarem em festivais, eventos culturais e até mesmo em competições, os grupos de Taiko no Brasil têm a oportunidade de compartilhar um pouco da cultura japonesa com o público. Isso desperta o interesse e a curiosidade nas pessoas em relação à cultura japonesa, como foi o que aconteceu comigo quando fui ao Akimatsuri", expressou Amanda. Atualmente, a jovem participa do grupo Ryuko Taiko, onde já se apresentou em diversos festivais de cultura japonesa. Para ela, a prática do instrumento é muito mais do que simplesmente tocar tambores, é uma forma de expressão e uma maneira de se conectar com suas raízes japonesas. "Mesmo nunca tendo morado no Japão, ou até mesmo ido lá, com o Taiko, consigo me sentir conectado e também transmitir emoções para as pessoas em forma de cultura", afirmou.
Ao refletir sobre sua jornada de 17 anos no Taiko, Amanda expressa gratidão pela oportunidade de viver sua paixão e preservar a cultura de sua família em seu cotidiano.
"Posso dizer que as principais coisas que aprendi para a vida com o Taiko são: respeito, disciplina, trabalho em equipe, persistência e expressão emocional. Começando por este último, antes que eu fosse totalmente retraída, mas com o tempo pude aprender a me expressar melhor e literalmente conversar com as pessoas. O respeito veio com o cotidiano; aprendi a acompanhar a opinião dos colegas, o tempo de cada um aprender e as perspectivas de cada um. Tocar Taiko não é fácil, a gente precisa se concentrar, lembrar das batidas anteriores e das próximas e esses detalhes podem se tornar grandes desafios e eu aprendi a ter persistência e determinação, assim como tudo na vida se a gente não se esforçar o suficiente não conseguimos chegar onde queremos. Tudo isso faz parte de mim hoje e me sinto muito feliz por tudo isso, além de agregar para o nosso meio profissional também pode ser notado nos nossos relacionamentos", disse a percussionista.

O objetivo de Amanda é deixar seu legado e inspirar gerações futuras de percussionistas a seguir seus passos e encontrar sua própria paixão rítmica no Taiko. Ela deixa um conselho para aqueles que desejam aprender a prática: "O Taiko não é tão fácil, mas também não é impossível. Ao passo que você aprende permanecendo ali tocando, também adquire lições valiosas para a vida que o acompanharão onde quer que vá. Se tiver interesse em aprender a prática, venha com vontade de aprender e absorver todos os ensinamentos", finalizou.
*Texto supervisionado pelo editor