A coordenação da Câmara Técnica (CT) de Planejamento Urbano e Mobilidade do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) comentou o aumento do número de veículos licenciados na região, comparando o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período do ano passado. Segundo a coordenação, o crescimento populacional dos últimos 10 anos (como indicado nas prévias do Censo IBGE 2022) reflete, entre outras coisas, no aumento de veículos em circulação e impacta diretamente na mobilidade urbana, principalmente em razão dos limites físicos nas estruturas viárias existentes nas cidades. "Esse contexto evidencia a necessidade de estudos e investimentos em alternativas de modais de transporte e meios de locomoção das pessoas. O debate, no entanto, não pode ficar restrito ao limite municipal. É preciso avançar nos âmbitos regional e metropolitano", afirmou em nota.
“É preciso pensar nos principais deslocamentos que há dentro do município e se cada vez mais temos e defendemos serviços de saúde, equipamentos de lazer e instituições de ensino com atuação de forma regionalizada, temos de facilitar o acesso de toda a população entre as cidades do Alto Tietê. E o mesmo acontece na esfera metropolitana, já que há um significativo percentual de pessoas que vivem aqui, mas trabalham na capital e arredores da região Metropolitana ou vice-versa”, avalia o arquiteto Elvis Vieira, coordenador da CT Planejamento e Mobilidade do Condemat e secretário de Planejamento Urbano e Habitação de Suzano.
Essa constatação, diz, mostra que a mobilidade urbana vai muito além do automóvel e da abertura de novas ruas, avenidas e rodovias. Implica também na necessidade de ampliação e maior eficiência dos sistemas de transporte coletivo – ônibus, trens e até metrô -, de projetos para meios alternativos e mais sustentáveis de locomoção, como é o caso das bicicletas, patinetes e outros, e de condições de segurança para o estímulo ao deslocamento a pé.
“A questão da mobilidade urbana está atrelada à discussão de novos tipos de modais que possam trazer alternativas de locomoção e na integração entre eles, assim como na interligação entre as cidades. Na nossa região, muitas cidades já possuem planos de mobilidade, algumas avançam para planos cicloviários colocando a bicicleta como uma importante alternativa de deslocamento. Ou seja, essa discussão ganha cada vez mais espaço e a região, através do Condemat, atua em várias frentes para o avanço da mobilidade urbana no território do Alto Tietê”, conclui o coordenador Elvis Vieira.