Mogi - Na manhã de ontem, a Polícia Militar (PM) realizou em Mogi das Cruzes um treinamento técnico com os agentes da Força Tática, unidade especial da corporação, voltado para a ocorrência de roubo à caixa eletrônico.

A instrução foi organizada pelo 17º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), sediado no município, nas dependências de uma fábrica do ramo papeleiro localizada na Vila Industrial, na região central da cidade. A ação contou com a participação direta de 25 integrantes da corporação, além de outros 25 integrantes na parte logística, como figurantes e equipe de segurança. A escolha do cenário, segundo o 1º Tenente Fábio Viana, trata-se de um cenário controlado e disponível para os participantes acompanharem os detalhes.

Na simulação, uma quadrilha com quatro integrantes invade e rende os funcionários da portaria da fábrica, separando-se em duas equipes: uma guardando a entrada, e outra dedicada a implantar os explosivos no caixa eletrônico. No roteiro da atividade, uma funcionária comunica as autoridades da ocorrência, onde uma primeira unidade é interceptada pelos criminosos.

A partir daí, seguindo o protocolo, as unidades da Força Tática chegam para o reforço, demonstrando o posicionamento e procedimentos para a progressão dentro do ambiente hostil. Toda a comunicação entre as equipes e o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) é divulgada por alto-falantes para os espectadores, com o intuito de demonstrar a troca de informações durante a ação policial.

Ao final da ação, a equipe da Força Tática encerra a tentativa de roubo com a liberação dos reféns, a neutralização de dois criminosos e a prisão de outros dois, além do chamado fictício ao Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para a destruição do artefato explosivo. Após a conclusão da simulação, participantes e policiais espectadores participaram de uma palestra educativa sobre todos os procedimentos adotados.

O tempo da simulação foi de aproximadamente dez minutos - segundo o tenente Viana, este é o tempo médio em que ocorrências como esta ocorrem na vida real. "Temos ações que levam até cinco minutos, mas a falha em algum dos pontos pode levar mais tempo. Por isso é preciso trabalhar dentro desta margem", explicou.

De acordo com o tenente, o número de casos de roubo a caixas eletrônicos com uso de artefatos explosivos, após um viés de crescimento nos últimos anos, teria reduzido com a ação do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) e a instauração do programa de patrulhamento de pontos estratégicos no período noturno, com o apoio da Força Tática e do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep), o que teria reduzido drasticamente o número de ocorrências e levado o crime organizado a adotar outras táticas.