O Alto Tietê apresenta uma alta nos casos de dengue em 176,6% em um ano. A região passou de 433 casos entre janeiro e outubro de 2021, para 1.198 contaminações no mesmo período de 2022, impulsionado principalmente pelos casos registrados em Suzano, que apresentaram um crescimento mais expressivo.
Na cidade, segundo a Prefeitura, foram 77 casos durante os dez primeiros meses do ano, enquanto que, no mesmo período deste ano, foram registradas 447 contaminações e o único óbito na região, o que representa um aumento de 480,51%.
O Executivo suzanense também informou que vem atuando a partir da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que consiste na análise dos níveis de infestação do Aedes Aegypti por meio da identificação de recipientes onde pode acontecer a procriação do mosquito em bairros e domicílios, e com a Coordenação de Controle de Zoonoses para orientar a população, mas que é essencial que cada cidadão cumpra com as medidas de prevenção.
Itaquaquecetuba acompanhou a onda de aumento de casos. Até outubro deste ano foram 350 casos, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 144. Em nota, a Prefeitura declarou que vem realizando trabalhos contínuos para mapear locais de maior concentração do mosquito, e que realiza trabalhos anuais de conscientização dos moradores.
Já em Mogi das Cruzes, o aumento de casos foi mais discreto, e passou de 85 contaminações de janeiro a outubro de 2021, para 97 neste ano.
A Prefeitura de Poá também informou que na cidade foram contabilizados, até outubro deste ano, 45 casos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 29. Já Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos comunicou um número muito maior de casos, com 198 pessoas infectadas nos dez meses deste ano, enquanto que no mesmo período de 2021 foram apenas 20 notificações, uma alta de 890%.
Queda
Na contramão dos demais municípios, Santa Isabel apresentou diminuição de 15,2% no número de casos de dengue, caindo de 46 para 39 registros. Guararema também acompanhou essa tendência ao notificar, entre janeiro e outubro, 22 casos, enquanto que no ano passado foram 32, resultando em uma queda de 31,2%.
Arujá, Biritiba Mirim e Salesópolis não responderam aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição.
Dados Estaduais
Em todo o Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 319,7 mil casos de dengue e 274 óbitos de janeiro até outubro deste ano. Ao mesmo tempo, foram 768 ocorrências de Chikungunya e dois de zika - doenças que também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
No mesmo período do ano passado foram 139,2 mil casos de dengue e 62 óbitos, o que revela um aumento de 129,66% no número de contaminações no Estado, e uma alta de 341,93% no total de mortes.
Combate e prevenção
Para combater a doença, o governo do Estado informou que está direcionando R$ 93 milhões que serão distribuídos aos 645 municípios. Metade da verba será específica para atuar contra a dengue e a outra metade ajudará na ampliação da vacinação de Covid-19 e outras patologias.
A Secretaria também lembrou que para a prevenção da doença é necessário um trabalho coletivo e contínuo e as medidas mais eficazes recomendadas são tampar a caixa d'água e realizar a limpeza regularmente, retirar dos quintais objetos que acumulam água, manter materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto, eliminar pratos de vaso de planta e descartar pneus usados em postos de coleta designados pela Prefeitura de cada cidade.
*Texto supervisionado pelo editor.