Mogi - A reforma das casas da Vila Dignidade, condomínio de idosos em situação de vulnerabilidade de Mogi das Cruzes, teve início na manhã de ontem (20) com a assinatura da ordem de serviço pelo prefeito Caio Cunha (Pode). O investimento total é de R$ 414.348,24 e prevê serviços como a troca de pisos e revestimentos, pintura interna e externa, entre outros reparos necessários. A execução dos trabalhos caberá a Dekton Engenharia e Construção, com duração prevista de até seis meses.

Inaugurado em 15 de agosto de 2015, o equipamento foi construído pelo governo do Estado, por meio do programa habitacional atualmente chamado de Vida Longa, e é mantido pela administração municipal. Nestes sete anos, trabalhos pontuais foram feitos, porém esta será a primeira grande reforma das 22 residências.

Em agosto deste ano, a Vila Dignidade foi reconhecida como exemplo de Boas Práticas pela Fundación Pilares, com base no livro "Morar 60 Mais - Revolucionando a Moradia em Face da Longevidade", de Inês Andrade Rioto, Áurea Soares Barroso e Edgard Borsoi Viana. Neste mês, o condomínio concorreu a premiação da instituição, e o resultado será divulgado no dia 3 de novembro.

No evento de ontem, o prefeito Caio Cunha destacou a importância da obra e do trabalho em conjunto das secretarias,incluindo também Cultura e Esportes, para trazer atividades para a Vila Dignidade.

Também estiveram presentes os secretários de Infraestrutura Urbana, Alessandro Silveira, e de Assistência Social, Celeste Gomes, e seus adjuntos; vereadores; a coordenadora municipal do Idoso, Vera Lúcia de Freitas, e a coordenadora da Vila Dignidade, Camilla Cristina Taceli, que afirmou que a obra é parte do sonho para que a Vila se torne referência para o Estado.

A secretária de Assistência Social salientou que o projeto da reforma já está em andamento há algum tempo e agora foi possível priorizar os recursos. Ela lembrou do projeto Mogi 500 Anos e a necessidade de pensar a cidade com projetos para o envelhecimento da população. "Hoje estamos concorrendo a um prêmio pelo que já está sendo feito aqui, e queremos colocar em um outro nível, transformar em referência para o Brasil", complementou o prefeito.

Alta demanda

Segundo Cunha, foi pedido ao Estado, diante da fila de espera de 25 pessoas, a construção de um novo condomínio. "É um investimento alto, mas necessário. Nossa proposta é se o Estado não fizer um aporte de 100%, pelo menos que seja uma parceria, onde a prefeitura entre com uma parte e o Estado com outra", afirmou. De acordo com ele, a Coordenadoria do Idoso realiza um censo para avaliar qual bairro tem mais necessidade do equipamento.

A coordenadora do Idoso informou que o processo de seleção para uma vaga no condomínio é feito através do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), considerando condições socioeconômicas e a vulnerabilidade do idoso.