Um banco de perucas pertencente ao projeto Cabelegria foi inaugurado ontem na sede do Pró-Mulher, em Mogi das Cruzes. Este é o quarto banco de perucas do projeto a ser aberto e a unidade no município é fruto da parceria entre a Organização Não Governamental (ONG) Cabelegria e o Fundo Social de Solidariedade. O evento teve a presença da presidente do Fundo Social e primeira-dama, Karin Melo, da fundadora da ONG, Mariana Robrahn, membros da Rede de Combate ao Câncer, do vice-prefeito municipal, Juliano Abe (MDB) e secretários municipais.
O banco está instalado no Pró-Mulher, na rua Manuel de Oliveira, 30, no Mogilar, próximo ao Hospital Luzia de Pinho Melo, e vai atender não só pacientes em tratamento de câncer, mas de outras doenças que ocasionam a perda dos cabelos. Karin ressaltou a importância do projeto. "Receber o sorriso de alguém que vai receber essa peruca, para nós já valeu todo o esforço e trabalho. É para isso que estamos aqui, para fazer com que as pessoas se sintam mais confiantes. Atende a mulher que faz tratamento, não só oncológico, mas de outras doenças que têm perda de cabelo. Acredito que ela precisa se sentir confiante e é a partir daqui que leva um sorriso para casa", afirmou.
O banco de perucas do Cabelegria em Mogi começa a funcionar com um estoque de 80 perucas e a expectativa é receber cerca de 50 pacientes/mês. Quem vai atuar no posto são voluntários do programa Família Solidária, do Fundo Social de Solidariedade, que passaram por uma capacitação. A partir de agora, outros voluntários serão treinados, para possibilitar o funcionamento do banco em todos os dias da semana.
O banco atende às segundas e quintas-feiras, das 13 às 17 horas, porém o objetivo é, em cerca de duas semanas, ampliar o funcionamento para todos os dias no período da tarde. É importante para os pacientes que fazem tratamento oncológico apresentarem um laudo médico, RG, comprovante quimioterápico e comprovante de residência, já para outros tratamentos, apenas o laudo e o RG. "Qualquer paciente pode retirar a peruca gratuitamente e precisamos passar esse sentimento para a pessoa que doou os cabelos, mostrar para ela que aquela doação é importante para quem recebeu", contou a fundadora da ONG.
Durante a inauguração, Elide Marcatto Ottoni Martins, de 66 anos, voluntária da Rede de Combate ao Câncer, doou cabelos que sua mãe guardou durante anos. "Um corte quando eu tinha 10 anos estava guardado, era para fazer apliques, um coque", explicou. Elide se emocionou ao descrever a felicidade das crianças que passam por tratamento oncológico ao receber o benefício. Lembrando que, para doar, basta comparecer até o banco. Após a doação, a pessoa recebe um certificado. Na região, existem outros dois bancos, um no Hospital Santa Marcelina e outro na Secretaria da Mulher de Poá.