A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) poderá aplicar novas sanções preventivas contra a empresa Flucor, especializada em tratamento de resíduos aquosos, devido à emissão de odor químico que tem atingido a região de Brás Cubas nos últimos dias.
De acordo com a autarquia, a empresa foi multada em 11 de fevereiro, quando recebia irregularmente uma carga de resíduos líquidos para reprocessamento, operação que gerou o odor. O problema chegou a ser noticiado pelo Mogi News em função do número de reclamações de moradores do distrito que sofreram com os transtornos.
Na ocasião, o proprietário da indústria, João Madureira, esclareceu que a emissão do forte odor, semelhante ao de gás de cozinha, foi ocasionado em razão do manuseio de um produto químico destinado à Santa Catarina, que por problemas de transporte, precisou ser deixado na unidade instalada na Vila São Francisco.
Anteontem, o mau cheiro voltou a incomodar os moradores da região, que reivindicavam uma solução definitiva. Foi o caso da dona de casa, Alessandra dos Santos, de 38 anos, residente da avenida Governador Adhemar de Barros. "Novamente o odor voltou e deixou muita gente com dor de cabeça. É um absurdo. A Cesteb precisa punir o responsável para que isso não se repita", reclamou.
Uma fiscalização mais rigorosa também foi solicitada pelo auxiliar de serviços gerais Edmar dos Santos, de 46 anos. "Tenho criança pequena em casa e não há condições dessa situação continuar. Temos medo de que esse odor possa causar algum problema respiratório, principalmente no meu filho. O responsável tem que ser punido porque não aguentamos mais essa situação", contou.
Comunicado
Em nota, a Cetesb informou que as emissões de odor percebidas pela comunidade da Vila São Francisco novamente tinham como fonte a empresa Flucor Service LTDA. "Hoje (ontem), a empresa estava em um processo de retorno da carga irregular, para a fábrica geradora do resíduo, causando novamente incômodo à comunidade local, fato que motivou o registro de 15 reclamações na agência da Cetesb. A Agência Ambiental de Mogi avalia a reincidência do ocorrido e estuda aplicar sanções previstas na legislação", destacou.
A reportagem tentou contato com a Flucor, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição.