A empresa Flucor, especializada em tratamento de resíduos aquosos, instalada na Vila São Francisco, em Brás Cubas, assumiu a responsabilidade sobre a emissão do odor químico que tem afetado parte do distrito desde a última sexta-feira. Além disso, se comprometeu a adotar as medidas necessárias para evitar novos transtornos.
De acordo com o proprietário da empresa, João Madureira, ao contrário do que acreditava alguns moradores que registraram queixa junto a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), não trata-se de despejo de substâncias químicas no leito do rio Tietê. "Na verdade essa unidade não trabalha com esse tipo de produto. O que ocorreu foi que uma carga que estava destinada a Santa Catarina teve problemas no transporte e foi descarregada aqui para que então seja levada para lá. Durante a descarga do material acabou sendo liberado esse odor que gerou reclamações", disse.
O empresário destacou ainda tratar-se de um problema pontual. "Acredito que o odor já tenha diminuído e nós estamos trabalhando para que o produto seja enviado para seu destino correto. Trata-se de um liquido. Um resíduo utilizado no processamento. Ele funciona como uma espécie de agente anunciante. O odor sinaliza, por exemplo, vazamento de gás", comentou.
Foi exatamente a semelhança com o cheiro do gás de cozinha que fez com que muitos moradores ficassem preocupados. Conforme noticiado pelo Mogi News, pessoas residentes na rua Governador Adhemar de Barros, chegaram a acionar a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), suspeitando tratar-se de vazamentos. "O cheiro é bem forte. Como não é um vazamento de gás, acreditamos que seja um problema causado por alguma indústria. Isso precisa ser resolvido urgentemente", alertou a comerciante Kátia Domingos, de 36 anos, que cobrou fiscalização por parte da Cetesb, antes de saber a causa do odor.
Madureira, por fim, destacou estar adotando as medidas necessárias para evitar que o problema se repita. " Nós recebemos um auto de inspeção por parte da Cetesb. Mas independente disso, estamos tomando as providências e elaborando um plano de recarregamento para evitar que tenhamos novamente a emissão do odor durante o envio do material para Santa Catarina", concluiu.
A reportagem entrou em contato com a Cetesb, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.