O diretor superintendente do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Melo, garante que as condições da água distribuída no município devem voltar à normalidade em até dois dias. Isso porque, desde o início desta semana, moradores de diversas localidades têm reclamado que o abastecimento de suas residências vem sendo realizado com água "suja". Até anteontem, 400 queixas já haviam sido registradas pelo telefone 115.
De acordo com Melo, conforme já havia sido publicado pelo Mogi News, a coloração amarelada é consequência da grande concentração de manganês e ferro na água que é captada do Rio Tietê. "Normalmente, o índice de manganês é de 0,36 ou 0,40 miligramas por litro. No entanto, no último domingo ele chegou a 1,23. Temos monitorado e esse índice vem caindo. Ontem (anteontem), às 16 horas, estava em 0,775 miligramas por litro. E é isso que vem ocasionando a alteração na cor da água. Apesar de amarelada, ela é potável e não apresenta nenhum risco de contaminação", disse.
Ainda segundo o diretor, o monitoramento que vem sendo realizado pela autarquia aponta que a qualidade da água vem melhorando, de forma gradativa. "Ela vem numa decrescente e acreditamos que, em dois dias, deve voltar à sua normalidade. Já fizemos coletas de amostras em diferentes pontos da cidade ontem (anteontem). São locais que, no domingo e na segunda-feira, apresentaram uma anormalidade, mas que ontem já estavam normais", comentou.
Entre os bairros apontados por ele, como sendo locais onde o problema já havia sido sanado, estão Jundiapeba e César de Souza. No entanto, até a manhã de ontem, muitos moradores reclamavam que o transtorno não havia sido solucionado. É o caso da auxiliar administrativa Ivete Gutierrez, de 55 anos, que reside na rua Manoel Fernandes, em Jundiapeba. "No sábado, a água estava bem escura e, com o passar dos dias, foi clareando, mas ainda assim não está boa. Tentei lavar a roupa e ela ficou toda manchada. De manhã, quando coloquei água para o cachorro estava amarela e depois de um tempo a sujeira desceu para o fundo do pote", contou.
Situação parecida é enfrentada por uma moradora da rua Professora Lucinda Bastos, no mesmo bairro, mas que preferiu não se identificar. "Hoje (ontem) fui lavar a roupa e a água estava clara. Só depois fui ver que sujou todas as peças", reclamou.