A pedagoga Thais Scatena, de 35 anos, irá processar o Mogi Shopping depois de passar, segundo ela mesma, "momentos de terror" na roda gigante instalada no estacionamento do centro de compras. A mulher, moradora do bairro do Socorro, explicou à reportagem que levou os filhos e os sobrinhos, entre 3 e 10 anos, na última sexta-feira, 13, para passear no brinquedo, porém uma forte chuva acabou frustrando a brincadeira.
"Esperamos 15 dias para ir no brinquedo, mas quando subimos começou um temporal, o mundo caiu. Estávamos a mais de 30 metros do chão e vimos os raios passando perto de nós, fora a ventania. Mas nessa hora, em vez de os funcionários nos ajudarem, eles sumiram do lugar. Poderíamos ter morrido", apontou a pedagoga.
"Ficamos desesperados, meus filhos e meus sobrinhos ficaram com muito medo. Não conseguíamos descer da roda gigante porque ela não parava. Ficamos todos ensopados e tive que comprar roupas novas. Ninguém no shopping nos ajudou".
O advogado José Beraldo está auxiliando Thais nesse caso e disse que deve entrar com uma ação cível contra o estabelecimento ainda esta semana. "Nós vamos entrar com essa ação no juizado especial e pediremos 40 salários mínimos de indenização, além de danos morais. O shopping é responsável criminalmente e civilmente por isso e cabe a ele provar que a culpa é de quem se responsabiliza pelo brinquedo".
Em nota, a Coney Island, empresa que opera o brinquedo, afirmou que cumpre com todo o procedimento de segurança para os clientes e visitantes. Disse ainda que, durante a chuva, a equipe de operação da roda gigante prontamente adotou os procedimentos de segurança previstos para desembarcar os clientes.