A estudante de 16 anos, suspeita de agredir a professora dentro da sala de aula da escola estadual Pedro Malozze, localizada na Vila Rubens, foi transferida para outra instituição de ensino. A medida ocorreu por iniciativa dos responsáveis da menina, antes mesmo que o Conselho de Escola decidisse sobre a punição da aluna. Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) a ação é também "uma transferência de problema".
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, o Conselho de Escola iria se reunir na última sexta-feira para decidir qual seria o destino da aluna. No entanto, antes mesmo da reunião ocorreu a mãe da estudante solicitou a transferência da filha para outra unidade escolar. O nome da escola, no entanto, não foi divulgado.
Conforme já noticiado pelo Mogi News a professora, de 41 anos, foi agredida no último dia 16, enquanto tentava continuar com a aula. A menor também prestou queixa alegando que também foi agredida fisicamente e moralmente pela educadora.
Para a coordenadora da Apeoesp de Mogi, Vânia Pereira da Silva, a transferência da aluna não soluciona o problema. " Transferir a estudante é transferir o problema. Apesar da professora ser a vítima, acredito que a menina também não esteja bem com a situação. Ela devia receber um acompanhamento psicológico, pois o estado dela não é normal. Como essa escola que está acolhendo a aluna vai conseguir lidar com a situação?", comenta.
Vânia destacou ainda que as agressões contra professores não são pontuais como afirma o Estado. "Agressões contra professores são comuns e muitos não informam ao Sindicato. Mas neste caso específico, o que está claro é a falta de intervenção do Estado. Tanto a professora quanto a aluna precisam de uma assistência psicológica, e isso não está acontecendo. Nós conseguimos essa assistência para a professora, que está completamente abalada e deixará, inclusive de lecionar. Só que isso é uma providência que deveria ser tomada pelo governo", concluiu (S.L).