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Os prefeitos da região reprovam o pacote anunciado nesta semana pela presidente Dilma Rousseff (PT) para conseguir cortar R$ 26 bilhões do orçamento de 2016. Entre as medidas está a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que não foi bem vista pelos políticos do Alto Tietê, que defendem cortes internos nos Ministérios e não o aumento de impostos e taxas para a população.
Mais incisivo entre os prefeitos em sua declaração, o chefe do Executivo de Mogi das Cruzes e presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), Marco Bertaiolli (PSD), criticou as ações lançadas pela presidente. "Sou absolutamente contrário ao aumento de impostos e não há a menor hipótese da cidade apoiar essas medidas. O governo federal precisa fazer cortes nos ministério, enxugar sua estrutura, cortar na própria carne, como muitos estão fazendo", declarou.
O prefeito de Itaquaquecetuba, Mamoru Nakashima (PSDB), também afirmou não apoiar o pacote, que inclui medidas como adiamento do reajuste salarial de servidores públicos (de janeiro para agosto), a suspensão de concursos públicos, cortes de R$ 4,8 bilhões nos repasses para o programa Minha Casa, Minha Vida e de R$ 3,8 bilhões em outras medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da redução de ministérios e cargos de confiança. "Eu acho que é preciso reduzir custos, como nós estamos fazendo aqui em Itaquá desde o começo da minha administração. É como manter uma casa, não se pode gastar mais do que se ganha", explicou o tucano.
Para o prefeito de Guararema, Adriano de Toledo Leite (PR), a própria população não viu com bons olhos a possibilidade de aumento dos impostos. "É um momento preocupante do País. A situação econômica está reduzindo o poder de investimento em todos os setores. A população está sentindo isso e acredito que não aceitará mais tributos", declarou.
A equipe econômica do governo federal quer aumentar também a arrecadação com iniciativas como a redução de subsídios e isenções a determinados setores (como os exportadores e a indústria química), e o relançamento da CPMF com uma alíquota de 0,2%, cujo valor irá ajudar a custear o déficit da Previdência.
"A situação é preocupante, porque impactará em áreas essenciais como saúde, educação e segurança, porém necessário para manter o equilíbrio fiscal. De qualquer forma, o governo está tomando o caminho errado ao onerar os contribuintes com novo imposto do cheque", declarou a Secretaria da Fazenda de Poá, por meio de uma nota enviada para a redação do DAT.
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