O aumento de alguns tributos e a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que fazem parte do "pacotão" anunciado anteontem pelo Governo Federal, não é visto com bons olhos pela população mogiana.
Algumas pessoas entrevistadas pelo Mogi News consideram a ação como uma "transferência de responsabilidade", uma vez que, para eles, "os trabalhadores serão obrigados a arcar com a má gestão do governo Dilma Rousseff (PT)".
Para o papeleiro Dirceu da Cunha Marques, de 45 anos, o aumento no valor de tributos chega a ser abusivo. "Eu votei na Dilma e estou extremamente arrependido. A situação em que está o País é lamentável. O Brasil já cobra altos impostos para tudo e agora eles ainda querem aumentar isso? Como sempre quem sofre é a população", disse.
O desempregado Belmiro Joaquim da Cunha, de 49 anos, por sua vez, destaca que a recriação da CPMF é um retrocesso. "Já que eles estão sem dinheiro em função da roubalheira que acontece, precisam buscar uma medida que não prejudique o cidadão. Voltar com a CPMF não tem cabimento algum, pois estão mexendo no dinheiro de quem já não tem. Eu mesmo sou uma vítima da crise, pois após tantos anos de empresa foi demitido em função do corte de funcionários", lamenta.
Já a dona de casa Vânia Cristina Pereira, de 32 anos, disse preocupar-se com novas mudanças por parte do Governo Dilma. "Ultimamente o Governo tem feito uma série de anúncios, e todos eles são negativos para a população. Tenho medo do que pode vir mais pra frente", comentou.
Opinião parecida é compartilhada pelo serralheiro Anderson de Lima Cardoso, de 37 anos. "Sempre que se corta um benefício da população é lamentável. Como muito dinheiro acaba sendo levado pela corrupção, eles precisam repor de alguma forma e então tiram da população. Qual será o próximo corte?", questiona.