De acordo com o estudo realizado pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), o Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (Cecol/USP) e o Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp (FOP/Unicamp), Biritiba Mirim é o município do Alto Tietê que apresenta taxa de flúor acima do recomendado na água. O indicado é que a concentração do produto na água fique entre 0,6 e 0,8 partes por milhão (ppm), mas na cidade esse índice ficou em média a 1,1 pmm.
O presidente do Crosp e vereador de Mogi das Cruzes, Claudio Miyake (PSDB), esclareceu que, de maneira geral, o índice detectado na região está dentro dos parâmetros indicados, mas que alguns pontos estão em desconformidade. "O flúor abaixo do indicado é ineficiente para o combate à cárie. Ele é o meio mais barato e eficaz para a prevenção da doença. Já um nível acima do normal pode causar fluorose, que em fase inicial provoca manchas brancas e que em uma etapa avançada eleva a perda estrutural e até fraturas nos dentes", alertou.
Miyake informou que, mesmo com uma taxa mais alta de flúor, os níveis na água de Biritiba não estão em nível muito preocupante. "É um sinal que precisa haver um controle maior nessas amostras. Essa é a única cidade que apresentou uma taxa mais elevada. Nenhum outro município da região apresentou índices fora da normalidade. Como as coletas foram feitas em vários pontos de cada cidade, eventualmente um local ou outro pode ter algum tipo de alteração, mas no Alto Tietê não tem nada que chamasse tanta atenção", contou.
Ao todo, foram coletadas amostras de água em 55 pontos na região entre os meses de agosto e outubro de 2014. Foram analisadas três amostras de cada local. "Esse é o maior estudo realizado no assunto em todo o mundo. O conselho vai oficiar todos os municípios independente do resultado. Onde houver alteração, vamos solicitar providências", disse Miyake.