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O nível das represas que abastecem o Sistema Alto Tietê (Spat) registrou mais uma queda. Alguns reservatórios, inclusive, correm o risco de secar de vez, já que operam com menos de 10% da capacidade. Até ontem, o Spat estava operando com 20,1%, apresentando regressão de 0,6 pontos percentuais em uma semana.
O volume da represa Jundiaí está oscilando nas últimas semanas. Há 15 dias, o manancial estava com 51,1% de água. Uma semana depois, o reservatório apresentou queda de 0,5 ponto percentual e ontem já estava operando com 52,5%, o maior armazenamento do Spat.
Embora a situação tenha sido amenizada devido as chuvas, 20% ainda é pouco, segundo o ambientalista Helder Wuo. "Não são só as ações emergenciais que vão acabar com o problema da falta de água, tem de haver medidas a longo prazo", avaliou o especialista se referindo as obras que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vem fazendo como, por exemplo, a transferência de água do Rio Guaió para o Spat. "O reflorestamento seria uma opção, pois vai ajudar a segurar a água infiltrada no solo", explicou Wuo.
As represas Paraitinga e Ponte Nova, localizadas em Salesópolis, são as que têm o menor volume de água dentre as cinco que operam na região. "As represas de Salesópolis nunca mais vão ter o volume elevado. O agravante é na Paraitinga que nunca mais vai encher" estimou Helder.
O ambientalista alertou o risco de a qualidade da água ser comprometida com o crescimento da vegetação em áreas onde os reservatórios regrediram. "O caso da Paraitinga, como foi esvaziada, a mata cresceu. E não pode ter vegetação, pois a mata em decomposição pode tornar a água tóxica", revelou. "Para encher, novamente, seria necessário fazer o desmatamento nessa área".
Para Helder Wuo, ainda falta consciência da população no uso consciente da água. "As pessoas usavam a água de forma excessiva sem se preocupar que esse é um bem limitado. O que tem mantido a água no Spat é a redução no consumo, devido a campanha de bônus da Sabesp", disse.
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