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Nas vésperas do início das obras de construção da passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral, os comerciantes, taxistas e moradores ainda não sabem quando a construção será iniciada e quais serão os impactos causados. A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que, dentro de 15 dias, fará uma "grande reunião" para apresentar os detalhes da obra, como as interdições de trânsito, as etapas da construção e as desapropriações.
O comerciante Pedro Tavares, de 51 anos, está preocupado com o movimento de clientes. Ele pede que os comerciantes sejam informados antecipadamente para que possam se preparar. "Esse ponto existe há mais de 25 anos e estamos nele faz cinco anos. Nossa preocupação é com o fluxo de pessoas e com a transferência da estação de trem. Somente sabemos o que escutamos por aí, mas até agora não temos informações oficiais", afirmou.
Já o comerciante Rodrigo Marques, 31, disse que "não sabe quais impactos a obra da Sacadura Cabral poderão trazer para o negócio". "Acredito que somente quando ela começar é que vamos descobrir. Tenho a loja há um ano", destacou.
A agente de viagens Aparecida Macedo, de 62 anos, vive há 10 anos em um imóvel na rua Hamilton Silva e Costa e afirmou que não recebeu nenhuma informação se a casa onde vive será desapropriada. "Ficamos sabendo que as obras começariam em breve, mas até agora nada. Mesmo em uma casa alugada, eu preciso saber para me organizar", disse.
Alguns imóveis da rua Hamilton Silva e Costa, aparentemente, já não têm moradores e um dos imóveis teve o telhado retirado. Enquanto as obras não são iniciadas, o terreno que abrigava um posto de combustíveis se transformou em um estacionamento particular. De acordo com a administração municipal, no primeiro momento, serão feitas quatro desapropriações. Além do antigo posto, quatro casas da Hamilton Silva e Costa, localizadas ao lado do terreno, serão desapropriados. Ao todo, a Prefeitura fará dez desapropriações, ao longo do período de obras.
O taxista Sebastião Carvalho, 59, informou que não sabe quando terá que deixar o ponto. "Faz 40 anos que ouço essa história. Estou há 15 anos neste ponto, mas até agora ninguém me disse nada", ressaltou.
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