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Com a estiagem, típica da estação, o nível das represas que compõem o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) continua caindo. Até ontem, após 12 dias sem registros de chuvas nos mananciais da região, o Spat estava operando com 19,1% de sua capacidade. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
No último dia nove de julho, quando o nível do sistema começou a cair, o volume armazenado era de 20,5%. O que significa que em 11 dias a quantidade de água nas represas registrou uma regressão de 1,4 pontos percentuais.
Ainda segundo a autarquia a atual situação do Spat não é muito diferente da vivenciada na mesma data no ano passado, quando os efeitos da crise hídrica já eram alarmantes. Na ocasião o volume armazenado do sistema era de 22,6%, número bem diferente do apresentado em 2013, quando as represas operavam com 62,7 % de sua capacidade.
Até ontem, faltando 11 dias para o término do mês, o índice de pluviometria acumulada em julho era de 28,6 milimetro. Número bem abaixo da média prevista para o período, que é de 49,2 milímetros.
De acordo com o engenheiro e sanitarista José Roberto Kachel, as previsões não são nada animadoras e "o pior ainda está por vir". "Ainda temos pela frente dois ou três meses de estiagem. Neste período, as chances de chuvas são muito baixas e quando chove, não é grande coisa. A previsão é de que cheguemos em outubro em uma situação ainda mais crítica", disse.
Para Kachel, neste momento não há muito a ser feito. " Não adianta jogar a culpa na população, o jeito é orar e esperar pelas chuvas. Até mesmo as obras que vem sendo feitas pelo Governo do Estado, não irão funcionar como se diz. O que estamos vendo é muito marketing", avaliou.
Por conta da crise hídrica a Prefeitura de Mogi das Cruzes mantém o Plano de Contingenciamento de água. Uma das ações prevê que os mogianos reduzam o consumo de água em 30% comparando-se o mês atual com o mesmo mês no ano passado.
Dados do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) apontam que até ontem o índice de economia registrado no município era de apenas 19%.
Em nota a autarquia ressaltou que "nos meses de inverno o consumo já é menor devido à temperatura mais baixa, o que faz com que o percentual de redução seja inferior ao registrado no verão".
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