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Apesar dos esforços da Prefeitura de Mogi das Cruzes no enfrentamento da crise hídrica, duas das principais medidas propostas pelo Plano de Contingenciamento da Água, vigente no município desde fevereiro, não têm funcionado conforme o esperado. Isso porque, se por um lado a ocorrência de chuvas nos últimos meses tem feito com que muitos mogianos deixem de se preocupar com a economia de água, por outro, algumas ações a serem executadas pela administração municipal, em caso do agravamento da crise, ainda não saíram do papel.
A primeira medida refere-se ao índice de economia de água, cuja a proposta previa uma redução mensal de consumo de 30%, comparando o mês atual com o mesmo mês no ano passado. No entanto, os índices registrados no município têm ficado bem abaixo da meta. Em junho, por exemplo, os mogianos atingiram uma economia de apenas 14,1%, o menor porcentual registrado desde a criação do plano.
Já o outro ponto diz respeito a perfuração de seis poços artesianos em terrenos municipais, que poderão ser utilizados pela população em caso do agravamento da crise hídrica. No entanto, apesar do anúncio ter sido feito há quase cinco meses, nem mesmo o processo licitatório para a contratação da empresa que irá perfurar os reservatórios foi iniciado.
De acordo com o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), a autarquia já recebeu os projetos do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e, atualmente, a licitação ainda está sendo preparada. O prazo para que o processo de escolha da empresa que fará a perfuração dos poços, no entanto, não foi divulgado.
Ainda segundo a autarquia, dos seis poços artesianos a serem perfurados, dois deles serão implantados no distrito de Jundiapeba, e dois em Brás Cubas. Já os bairros do Botujuru e Porteira Preta serão contemplados com um poço respectivamente. A execução dos serviços está avaliada em cerca de R$ 1 milhão. (S.L)
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