Duas famílias que moram na avenida Júlio Simões, aguardam o término do processo de desapropriação para deixarem os imóveis. A demolição das residências é necessária para a continuação das obras da quarta fase da canalização e urbanização do córrego dos Canudos. No entanto, ainda não há data definida para que a ação se concretize.
O aposentado Manoel Serafim de Souza, de 75 anos, é proprietário de um dos imóveis e aguarda com apreensão a conclusão do processo. "Estamos esperando a definição do uso capeão. O advogado disse que depois disso a desapropriação será feita. Enquanto isso, eu e minha esposa continuamos morando aqui. Não podemos sair sem receber o dinheiro da casa", disse.
Para ele, ter de deixar a casa onde vive há mais de 40 anos foi uma decisão difícil e, até o momento, não se sabe onde irá morar. "Antes, quando os filhos estavam com a gente, moravam nove pessoas na casa. Hoje, estou só eu e minha esposa. É bom ver que as coisas estão melhorando por aqui, mas ainda não sei para onde iremos. Estamos esperando a desapropriação terminar. Quando tivermos o dinheiro em mãos, compraremos um terreno ou uma casa. Ainda não sei para onde vamos", contou.
Questionado sobre a desapropriação dos imóveis, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Nilmar de Cássia Ferreira, informou que o processo encontra-se em andamento. "Esperamos concluí-lo até o mês de agosto, para a continuidade dos serviços da quarta fase da obra", disse. Já em relação à execução dos trabalhos, Nilmar esclareceu que os serviços como um todo estão com aproximadamente 60% do cronograma concluído. "Já foram executadas partes do pavimento da segunda pista do Complexo Viário Júlio Simões, serviços de drenagem e construção de calçadas. Estes mesmos serviços continuam em andamento em diferentes pontos da via", comentou.
Além disso, destacou que, desde a primeira fase, as obras de canalização e urbanização do córrego dos Canudos foram conduzidas tendo como prioridade o atendimento digno e adequado às famílias que estavam na faixa de influência dos trabalhos e precisaram ser transferidas. "Todas elas viviam sob o risco constante de alagamentos e sem saneamento básico e foram atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida, passando a residir na casa própria, com segurança física e jurídica", concluiu.