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O impacto da desaceleração da atividade econômica demorou a atingir o comércio e os outros serviços, mas desde que chegou tem produzido um efeito devastador, incluindo no mercado de trabalho. Em junho, os dois setores demitiram juntos 209 mil pessoas nas seis principais regiões metropolitanas do País em relação a junho do ano passado - cerca de 70% de todas as dispensas no período, divulgou nesta quinta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O quadro resultou em um ritmo mais forte nas demissões em geral, e a taxa de desemprego avançou a 6,9% no mês passado, o maior nível desde junho de 2010. Em junho do ano passado, a taxa de desemprego estava em 4,8%, então o menor nível para o mês em toda a série. Dessa vez, o recorde é o aumento de 2,1 ponto porcentual.
Além disso, a queda de 1,3% na população ocupada e o aumento de 44,9% na desocupação em relação a junho do ano passado são os resultados mais intensos já observados na Pesquisa Mensal de Emprego. Os dados nesse confronto estão disponíveis desde 2003 e dão uma ideia de rapidez da deterioração no mercado de trabalho
Ajuste rápido
As demissões no comércio e nos outros serviços chamaram a atenção pela novidade. No caso dos serviços, principalmente, a força de trabalho encolheu 2,7% em relação a julho do ano passado, uma queda recorde em toda a série.
A dispensa de 114 mil trabalhadores foi maior até mesmo do que na indústria, que há tempos diminui o número de trabalhadores, mas em ritmo mais lento (A.E).
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