Quase um ano e meio após ser oficialmente lançado, o Corredor BRT Metropolitano Alto Tietê terá seu projeto básico concluído em setembro, mês em que serão definidas também todas as áreas que precisarão ser desapropriadas em Arujá, Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos. Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP), o protocolo de solicitação de Licença Prévia para a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), necessário para a obra, deve ser feito em agosto.
Ainda não existe data para que os trabalhos sejam iniciados nas cidades, já que o projeto executivo será finalizado em janeiro de 2016. Somente após essa etapa é que será aberta a licitação para escolha da empresa que fará o corredor que ligará os quatro municípios e terá uma alça de acesso à rodovia Ayrton Senna (SP-70).
O lançamento do projeto foi realizado em fevereiro de 2014 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na ocasião, ele informou que o investimento total por parte do governo estadual é de R$ 336 milhões. Para que o corredor seja instalado, a expectativa é que poucas desapropriações sejam necessárias já que serão aproveitadas estradas existentes nas quatro cidades e também canteiros centrais das vias.
A nova pista atenderá 47 mil passageiros por dia, que serão transportados em uma frota de 67 novos ônibus, sendo 55 articulados. Todos os veículos terão ar-condicionado, portas mais largas para embarque e desembarque, GPS, monitoramento por câmera e sistema de wi-fi. Está prevista ainda a construção de terminais de embarque e desembarque e também de transferência de passageiro com plataformas no nível do coletivo, o que facilitará o acesso.
As estações terão painéis eletrônicos informativos, cobertura termoacústica, sistemas de iluminação que propiciam economia de energia elétrica, sistema de captação de águas pluviais, além de estruturas para captação de energia solar.
Terminais
Com 20,9 quilômetros de extensão, o corredor foi divido em três trechos, sendo o primeiro em Arujá (avenidas Renova dos Santos e João Manuel) com a previsão de instalação de quatro estações de embarque, uma estação de transferência e um terminal de integração. Já em Itaquá, o projeto prevê 14 estações de embarque e uma estação de transferência na região do Monte Belo. O último trecho envolve também Ferraz e Poá e conta com oito estações de embarque, um terminal de integração (em Ferraz) e obras de adequação no terminal de integração já existente na Cidade Kemel, em Poá.