O Café com Mogi News desta terça-feira (26) traz uma entrevista especial com o advogado Luciano Neri, que é amigo do grupo Alcoólicos Anônimos (AA). Trata-se de uma irmandade, que completou 88 anos em 2023, formada por homens e mulheres que compartilham suas experiências e esperanças, ajudando uns aos outros na recuperação do alcoolismo e manutenção da sobriedade. Os amigos, como Luciano, são os responsáveis por levar a mensagem da irmandade, evitando a exposição dos integrantes e preservando um dos princípios da irmandade: o anonimato. 

O advogado atua no Direito de Família e Criminal, e faz parte da equipe da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Paulo. Saiba mais nesta entrevista especial, com apoio da Padaria Tita, e disponível também em nosso canal no YouTube. 


 

Café com Mogi News: Conte sobre a sua trajetória. 

Dr. Luciano Neri:  Eu sou advogado e uma das minhas missões de vida hoje é levar a mensagem do Alcoólicos Anônimos ao alcoólico que sofre. Como profissional, eu conheci muitas pessoas em delegacias, hospitais, por causa do alcoolismo, e é um prazer levar essa mensagem para essas pessoas que sofrem. Hoje a minha missão é transmitir a mensagem, fazer com que as pessoas conheçam. 

Como profissional, eu atuo em Direito de Família e Direito Criminal, e também na Prefeitura de São Paulo, na Secretaria de Saúde, tratando de Direito de Saúde. Eu vejo algumas coisas que o alcoolismo traz e no final muitas pessoas chegam em Alcoólicos Anônimos por essas histórias, que não são as histórias boas, são as mais difíceis. Isso faz com que a pessoa perceba que ela precisa de ajuda.


CMN: Como você chegou nesse trabalho?
Dr. Luciano:
A minha relação com o Alcoólicos Anônimos vem de longa data. Ainda criança um pastor indicou para um familiar, porque ele precisava de ajuda, fazia o uso de álcool, abusava disso e trazia prejuízo. Esse pastor trabalhava na mesma empresa desse familiar e ele começou a frequentar, e criança vai em tudo que é lugar. Foi o meu primeiro contato com o AA, dali em diante eu me aproximei, gostei da forma de trabalho, mesmo não sendo alcoólico.

Toda a minha juventude eu não fiz o uso do álcool, mas houve uma identificação e desde criança eu fazia trabalhos na escola. Sempre houve essa aproximação e eu fui escolhido para ser um daqueles que representa a irmandade nesse tipo de trabalho, porque o alcoólico ele não pode aparecer. É um dos princípios do AA que ele permaneça anônimo até para a garantia que não vai ser exposto na sociedade, não vai passar por nenhuma situação vexatória ou constrangimento. Para um membro do Alcoólicos Anônimos é garantido o anonimato dele, a irmandade cuida disso com muito carinho e cuidado.

Reservamos esse tipo de trabalho ao não alcoólico, que são amigos profissionais tanto de mídias, Saúde, Direito. Pessoas de todas as áreas do conhecimento podem ser amigas e fazer esse papel de levar a mensagem, explicar o que é o Alcoólicos Anônimos, tirar os mitos e falar como funciona, esse é o nosso objetivo aqui hoje.


CMN: Como funciona esse trabalho?
Dr. Luciano:
Basicamente, o Alcoólicos Anônimos tem o seu programa de 12 passos, que completou, em 2023, 88 anos, então já funciona há muito tempo, e não é usado só por alcoólicos anônimos. Por exemplo, eu não bebo, mas eu faço uso do programa. O primeiro passo é admitir que tem um problema, então os maiores desafios são nesse primeiro passo, porque falando especificamente do alcoolismo, muitas pessoas fazem o uso e quando percebem que têm o problema com álcool já perderam muitas coisas, passaram por diversas situações na vida que se tivesse admitido antes não teria sofrido tanto.

Essas são as histórias que acontecem no Alcoólicos Anônimos. Quando nós frequentamos uma reunião e ouvimos o depoimento, porque é um grupo de mútua ajuda, uma pessoa fortalecendo a outra, e é interessante quando novatos chegam, parece que a pessoa que está sentada lá contando a história dela, e o novato acha que está colocando a história dele, porque há uma identificação. Os mais antigos, que nós chamamos de padrinhos, são aqueles que recepcionam um novo para ajudar e explicar como evitar algumas situações.

Em Alcoólicos Anônimos costumamos dizer que não se conta tempo, porque o alcoolismo não tem cura, é uma doença que a pessoa vai precisar conviver para o resto da vida. Algumas pessoas ficaram muitos anos no AA e um dia vacilaram, por isso que é um dia de cada vez, “é só por hoje”, é assim que eles costumam dizer, porque 20 anos depois longe do álcool, um dia de vacilo, a pessoa volta e traz todo aquele estigma.

Ninguém acredita no alcoólico quando ele chega em algum nível de alcoolismo, ele fica 20 anos sem beber e as pessoas ainda estão esperando a recaída dele. O programa vai ensinar exatamente “é só por hoje”, um dia de cada vez. Isso ajuda muito essas pessoas a se recuperarem do alcoolismo, porque beber é só um dos sintomas. Quando a pessoa para de beber, ela vai precisar lidar com os outros problemas que o alcoolismo trouxe para a vida dela.

No exercício dos outros passos, as pessoas passam a entender que vão precisar fazer inventário pessoal, entender se prejudicou alguém, se consegue fazer algumas reparações. O programa de 12 passos traz esse desafio, mas como amigo de Alcoólicos Anônimos eu posso garantir uma coisa: as pessoas mais felizes que eu conheço estão dentro de Alcoólicos Anônimos, simplesmente pelo fato delas não beberem. Elas são muito felizes por isso, porque elas sabem que se continuassem fazendo o uso do álcool algumas estariam em situações muito piores.


CMN: Como é a procura de homens e mulheres, há mais homens?
Dr. Luciano:
Geralmente homens procuram mais ajuda do que as mulheres. O alcoolismo, ele tem todo o seu estigma e ainda existe um preconceito muito forte em relação as mulheres e o álcool. Só que a experiência da pandemia mostrou para Alcoólicos Anônimos que existem muitas mulheres precisando de ajuda. Quando as salas fecharam, passou a existir algumas reuniões que funcionavam pelas plataformas digitais e a procura por essas plataformas praticamente de novos ficou em 50% mulheres e 50% homens.

Então é mais difícil para uma mulher chegar numa sala, porque ela vai precisar enfrentar aquelas pessoas, olhando nos olhos e como não sabe como funciona Alcoólicos Anônimos, muitas vezes tem um preconceito.
Mas as reuniões à distância, que funcionaram e ainda existem, possibilitaram a essas mulheres chegarem, quebrarem esse preconceito e começarem até mesmo a ir nas reuniões nas salas presenciais.

É um desafio. O número de mulheres em Alcoólicos Anônimos ainda é relativamente menor que dos homens, mas elas têm chegado cada vez mais e as mulheres que já estão um tempo maior, que é um tempo mais difícil, 20, 30 anos atrás, percebendo que não tinha outra opção, ou procuravam ajuda, ou perdiam a própria vida, encararam a sala. Essas mulheres estão muito preparadas para receber as novas, isso é interessante. Então tem muitas madrinhas em Alcoólicos Anônimos prontas para ajudar.


CMN: E em questão de faixa etária, como é?
Dr. Luciano:
A grande maioria dos membros de Alcoólicos Anônimos, são pessoas de idade mais avançada, até porque o alcoolismo é uma doença progressiva pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até a pessoa perceber que ela tem a doença e aceitar, mas no começo é um hobby, é o que a deixa mais à vontade. No começo, a pessoa não acha que é um problema.

Algumas pessoas só vão perceber essa dificuldade quando já têm uma certa idade. Só que cada vez mais jovens têm procurado ajuda em Alcoólicos Anônimos e têm percebido que precisam de ajuda de fato. Hoje tem muitas pessoas que chegam em Alcoólicos Anônimos com 18, 19 anos, já precisando de ajuda, porque começaram a beber cedo, ou talvez o próprio organismo não aceitou o álcool. Eu conheci histórias de pessoas que estavam perdidas com 18 anos de idade e chegaram no Alcoólicos Anônimos, inclusive se preserva muito anonimato, mas  a nossa literatura, os nossos livros contam a história de pessoas.

Eu conheci uma jovem, que com 18 anos de idade, ela já tinha sofrido três apagamentos durante uma semana e a família procurou todo tipo de ajuda e deu certo para ela em Alcoólicos Anônimos. Por causa dessa jovem de 18 anos, toda a família também parou de beber. Isso que é interessante, deu certo para um, pode dar certo para o outro. As histórias, as experiências mostram que se dá certo para um, pode dar certo para o outro também. Essa jovem com 18 anos conseguiu apadrinhar toda a sua família e hoje todos eles estão em recuperação, entendendo que é um dia de cada vez, entendendo precisam seguir os passos que são doze.

Não adianta só admitir, precisa enfrentar os outros passos, precisa fazer uma análise pessoal, porque o AA não é só para parar de beber, é essa que é a parte do programa que é sensacional. Parar de beber é o primeiro passo, é admitir que tem um problema, mas o AA também tem esse propósito de fazer a pessoa ser uma pessoa melhor. O programa é para isso, não é parar de beber, não é o final em Alcoólicos Anônimos, ele é só o começo de uma jornada de muita felicidade. 


CMN: E uma jornada que leva anos, como você disse. Como é que vocês desenvolvem esse trabalho? Recebem algum tipo de ajuda?
Dr. Luciano:
É muito simples o trabalho de Alcoólicos Anônimos, é uma sala com cadeiras, que tem um coordenador, que também é um alcoólico. Algumas pessoas acham que o coordenador é um psicólogo, é um profissional. A pessoa está sentada naquela cadeira de coordenação, ele é só a pessoa responsável em falar: 'Agora vamos ouvir o companheiro tal'. Os próprios membros que fazem todo o serviço. Para um membro de Alcoólicos Anônimos, um cafezinho que ele faz para reunião é muito importante, ou chegar cedo e abrir a sala, porque está exercendo a recuperação na prática. 

Ele está indo não só receber ajuda, mas oferecer ajuda para o outro, para o companheiro que está do lado. O programa é simples, é compartilhando forças e esperanças entre os próprios companheiros, e tem dado certo. É simples, mas funciona, são mais de 80 anos dando certo.


CMN: E não é só região, é no Brasil inteiro.
Dr. Luciano:
Hoje, nós estamos presente em todos os Estados da federação, inclusive de Distrito Federal, e mais de 180 países. Nós temos países que nem são reconhecidos pela ONU (Ogranização das Nações Unidas) e existe Alcoólicos Anônimos. Então realmente é uma mensagem, porque o alcoolismo é uma doença que não olha a cor, classe, idioma, ele realmente não tem preconceito nenhum. Nós temos em São Paulo, por exemplo, o Alcoólicos Anônimos da periferia e o da área nobre cheios da mesma forma e as histórias são muito parecidas, porque o problema do uso e o abuso do álcool tem histórias muito parecidas e eles se identificam.

Mesmo como amigo de Alcoólicos Anônimos, não alcoólico, eu frequento reuniões em outros Estados. Eu estava em Minas Gerais, e parecia que eu estava em São Paulo, porque a linguagem é própria do alcoólico, as histórias são próprias. Eu imagino que em outros locais do globo sejam as mesmas histórias. O Alcoólicos Anônimos produz seus livros contando suas histórias.


CMN: Eles são vendidos?
Dr. Luciano:
São vendidos. Publicamos os nossos livros e tem disponível nas plataformas. Nesses livros trazemos a história dos membros, principalmente quando AA foi fundado há 80 anos, e as pessoas hoje ainda se alimentam dessas histórias para ajudar nas suas recuperações. Nós temos livros também contemporâneos, que contam as histórias dos novos membros. As pessoas usam muito essas literaturas porque percebem o seguinte: 'essa história aqui é muito parecida com a minha'.

Nós temos pessoas que sofrem de alcoolismo dentro das penitenciárias, por exemplo, homens e mulheres, e Alcoólicos Anônimos está presente em muitas delas e nós temos algumas literaturas, alguns livros, que contam a história dessas pessoas. Como que é sofrer de alcoolismo dentro de uma penitenciária, por exemplo, e parar de beber, os desafios, por isso a literatura é muito ampla e ela é uma das fontes que ajudam o alcoólico para parar de beber, porque dentro de uma sala um ajuda o outro, mas um lê uma história de alguém e compartilha aquela história. São essas histórias dos alcoólicos que ajudam os alcoólicos, não é nada de fora, é tudo próprio de Alcoólicos Anônimos.


CMN: E tem diferença do grupo que ajuda a família, é um outro grupo separado.
Dr. Luciano:
Exatamente, os Alcoólicos Anônimos tem como propósito único ajudar o alcoólico que sofre, e dentro dos seus princípios não entra em assuntos terceiros, mas existem outros problemas que são decorrentes do alcoolismo, e um deles é com a família lida, como a família deve lidar com essa situação. O AI-Anon é a irmandade própria que trata desse assunto, ela acompanha os familiares de alcoólicos também ensinando como fizeram para superar, para lidar, para pedir ajuda; o papel da esposa, que muitas vezes ajuda o marido a parar de beber, e o papel também do profissional que às vezes faz o atendimento e não sabe o que fazer com aquele paciente que bebe, e ele dá toda a orientação e não consegue.

São essas pessoas que trazem as pessoas geralmente para o Alcoólicos Anônimos. Há muitas pessoas que chegam em AA, através da esposa, do pai, de uma mãe, de um profissional, e para isso, no caso dos familiares, o  AI-Anon, é a irmandade certa e eu tenho certeza que eles têm muita coisa para compartilhar. Eles também fazem uso dos 12 passos apropriado para a realidade deles, e eu tenho certeza que eles têm muita contribuir também para desmistificação do assunto.


CMN: A busca tem que ser feita de forma voluntária, não é uma pressão da família que vai resolver.
Dr. Luciano:
Exatamente, e pensando nisso Alcoólicos Anônimos desenvolveu 12 perguntas que estão disponíveis no site aa.org.br, e dessas 12 perguntas, tem a ver com prejuízos no trabalho, com a família, na sociedade, só que algumas pessoas não conhecem nem essas 12 perguntas, mas percebem porque eles observam a própria vida e falam: 'não é isso que eu projetei, não é isso que eu queria'.

Algumas pessoas falam de fundo de poço, e deu para entender em Alcoólicos Anônimos, nesses anos que eu tenho de experiência, que o poço não tem fundo. Quando você escuta a história de um, acha que está ruim, e quando você escuta outro, percebe que realmente esse poço não tem fundo, tem como piorar a situação.

Alcoólicos Anônimos têm como objetivo ir trazendo essa pessoa de volta à superfície, para ela voltar a viver, voltar a ter alegria de viver, porque o alcoólico ele bebe não é mais para se divertir, é para não sofrer. A falta da bebida o faz sofrer. Alcoólicos Anônimos ajuda nesse sofrimento, e na verdade eles falam que sofrem até hoje. 

Pensa em uma irmandade, todos alcoólicos falam: 'eu ainda sou um alcoólico'. Isso como amigo, em primeiro momento, eu observei e falei: 'não, mas eles pararam de beber, eles não podem mais dizer que são alcoólicos'.
E aí eu fui entendendo o programa, e ainda hoje eles falam: 'eu sou um doente alcoólico, um dia de cada vez, só por hoje não vou fazer o uso e a ingestão da bebida', porque o primeiro gole vai me derrubar e tudo isso que eu vivi até hoje vai ser jogado às traças.


CMN: Como  é a questão do anonimato?
Dr. Luciano:
Alcoólicos Anônimos, dentro dos seus princípios, ele trata o anonimato com muita seriedade, tanto que está no próprio nome. A seriedade desse tema, dentro princípios, é considerado o alicerce espiritual das tradições de Alcoólicos Anônimos. Todas as histórias que chegam dentro da sala, ficam na sala, inclusive, na maioria das salas tem uma plaquinha: 'O que você ouviu aqui e o que você vê aqui, que fique aqui', porque as histórias quando as pessoas contam, servem para edificar uns aos outros, é um ajudando o outro, então os próprios membros já entenderam que a história deles serve para eles e para ajudar quem está dentro da sala.

Preservando o anonimato do outro, tanto que aqui quem vem não é um alcoólico para ele ter a sua identidade preservada. Em nenhum lugar, você vai ver um alcoólico dando uma entrevista como essa, porque ele precisa ter a sua identidade preservada, a sua história preservada. Em alguns livros de AA, até contam algumas histórias de alguns membros, mas sempre preservando o anonimato, só para mostrar a história daquela pessoa que deu certo, mas identidade e história é coisa séria no Alcoólicos Anônimos, são sempre preservados.

Todos os nossos companheiros já têm isso enraizado dentro deles, eles sabem que uma pessoa que chega, principalmente novato, chega com muitas preocupações, muitas coisas para resolver e uma dessas preocupações é: 'Eu vou me expor diante de outras pessoas?'. Não tem essa necessidade, primeiro que o programa de Alcoólicos Anônimos é sempre sugerido, que quem chega em uma sala, não precisa ir dar o depoimento. Ele pode ir conhecer, ver como funciona, e não precisa falar da vida dele de início, mas no dia que ele decidir: 'não, hoje eu quero compartilhar, hoje eu quero contar um pouco da minha história', se sentir à vontade para isso, ele vai ter a segurança de saber que ele está em um lugar que a história e o anonimato dele vão ser preservados.


CMN: Então quem precisa, qual que é o telefone para ajuda?
Dr. Luciano:
Geralmente, a gente passa o nosso site aa.org.br. Nós temos tudo disponível, tanto que quando a pessoa entra no site, tem lá: 'Preciso de ajuda'. A pessoa vai ser direcionada em qualquer local do Brasil, inclusive pessoas de outros países participam das nossas reuniões também. As reuniões são a distância, mas aqui na nossa região nós temos um telefone específico. 

CMN: Muito obrigada pela entrevista, esse é um assunto tão importante para discutir, debater, desmistificar para a sociedade que é uma doença, é um problema que tem uma solução.
Dr. Luciano:
A mensagem final que eu gostaria de deixar é que se alguém precisa de ajuda para parar de beber, Alcoólicos Anônimos pode ajudar. Esse é o objetivo, essa irmandade foi criada para ajudar alcoólicos a pararem de beber e funciona, dá certo, com todos os mitos, com tudo isso que as pessoas às vezes não entendem. O alcoólico muitas vezes tem muito preconceito também: “Eu não sou um deles não, eu não sou isso, eu não sou aquilo”. Se ele precisar de ajuda, pode ir em Alcoólicos Anônimos que a porta estará sempre aberta, é uma sala simples sempre, mas tem um cafezinho sempre que faz parte da recuperação e serão todos bem-vindos.

Mais informações sobre os Alcoólicos Anônimos podem ser obtidas pelo telefone (11) 3315-9333.