As negociações para consolidar a trégua apoiada pelos Estados Unidos na guerra em Gaza estão em um momento "crítico", disse o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, neste sábado. Os mediadores estão trabalhando para forçar a próxima fase do cessar-fogo, disse al-Thani, cujo país tem sido um mediador importante na guerra, durante um painel de discussão na conferência do Fórum de Doha, no Catar. A violência diminuiu, mas não parou desde que a trégua em Gaza entrou em vigor em 10 de outubro, e pelo menos sete pessoas foram mortas neste sábado. "Estamos em um momento crítico. Ainda não chegamos lá. Portanto, o que acabamos de fazer foi uma pausa", disse al-Thani. "Não podemos considerar isso ainda um cessar-fogo. Um cessar-fogo não pode ser concluído a menos que haja uma retirada total das forças israelenses - (até) que haja estabilidade em Gaza, as pessoas possam entrar e sair - o que não é o caso hoje." Negociações sobre a Força de Segurança Nacional  As negociações sobre os próximos estágios do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra de dois anos no enclave palestino continuam. Na quinta-feira, uma delegação israelense manteve conversações no Cairo com mediadores sobre o retorno do último refém mantido em Gaza, o que completaria uma parte inicial do plano de Trump. Desde o início da trégua, o Hamas devolveu todos os 20 reféns vivos e 27 corpos em troca de cerca de 2.000 detidos palestinos e prisioneiros condenados. Israel disse esta semana que abriria a passagem de Rafah para saída pelo Egito em breve, e que permitiria a entrada em Gaza por Rafah assim que o último refém morto fosse devolvido. O plano de Trump prevê um governo palestino tecnocrático interino em Gaza, supervisionado por um "conselho de paz" internacional e apoiado por uma força de segurança internacional. Chegar a um acordo sobre a composição e o mandato dessa força tem sido particularmente desafiador. Embora os combates tenham diminuído, Israel continuou a atacar Gaza e a demolir o que diz ser a infraestrutura do Hamas. O Hamas e Israel trocaram a culpa pelas violações. Autoridades de saúde locais palestinas disseram que o fogo israelense matou sete pessoas em Beit Lahiya, Jabalia e Zeitoun, no norte de Gaza, neste sábado, incluindo uma mulher de 70 anos que morreu devido a um ataque de drone. O exército israelense disse que, em dois incidentes separados neste sábado (6), as forças posicionadas no norte de Gaza, atrás da chamada linha amarela de retirada acordada no cessar-fogo, dispararam contra militantes palestinos que cruzaram a linha, matando três pessoas. O exército não tinha conhecimento de nenhum ataque de drone, disse um porta-voz.   *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas EUA reafirmam "proeminência" na América Latina em recado à China Preços mundiais dos alimentos caem pelo 3º mês em novembro, diz FAO Putin: tropas ucranianas vão sair do leste do país por bem ou por mal