O papa Leão fez um "forte apelo" à comunidade global nesta quarta-feira para pôr fim ao conflito de quase dois anos entre Israel e o Hamas, pedindo um cessar-fogo permanente, a libertação dos reféns mantidos em Gaza e o fornecimento de ajuda humanitária. "Mais uma vez, faço um forte apelo para que se possa pôr fim ao conflito na Terra Santa, que tem causado tanto terror, destruição e morte", disse o pontífice em audiência semanal no Vaticano. "Imploro que todos os reféns sejam libertados, que um cessar-fogo permanente seja alcançado, que a entrada segura de ajuda humanitária seja facilitada e que a lei humanitária internacional seja totalmente respeitada". O papa não citou o nome de Israel ou do grupo militante palestino Hamas, mas disse que a lei internacional exige "a obrigação de proteger civis, proibições contra punição coletiva, uso indiscriminado da força e o deslocamento forçado da população". Leão, o primeiro papa dos EUA, foi eleito pelos cardeais do mundo em maio para substituir o falecido papa Francisco. Ele tem demonstrado um estilo diferente de seu antecessor, geralmente preferindo falar a partir de comentários cuidadosamente preparados e raramente de improviso. Ele também tem sido mais cauteloso em relação ao conflito entre Israel e Hamas do que Francisco, que sugeriu que a comunidade global estudasse se a campanha militar de Israel em Gaza constituía um genocídio do povo palestino, provocando críticas das autoridades israelenses. Leão já havia pedido que Israel permitisse a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando homens armados liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas, principalmente civis, de acordo com os registros israelenses, e fazendo 251 reféns. Desde então, a ofensiva militar de Israel contra o Hamas matou pelo menos 62 mil palestinos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Relacionadas Tanques israelenses se aproximam da Cidade de Gaza Israel matou mais jornalistas que qualquer guerra da história mundial Rússia atinge instalações de energia ucranianas em seis regiões