A previsão de que chuvas fortes voltem a atingir parte do Rio Grande do Sul neste fim de semana motivou a Defesa Civil de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a pedir às pessoas desalojadas pelas chuvas das últimas semanas que não retornem a suas casas nos próximos dias. “Por segurança, achamos prudente pedir para as pessoas permanecerem onde estão”, disse à Agência Brasil o secretário municipal da Reconstrução, Resiliência Climática e Defesa Civil, Mário Rocha, explicando que o nível dos rios que banham a cidade vinha baixando pouco a pouco nos últimos dias, mas como a chuva voltou a atingir regiões mais altas do estado, o volume de água que chega a Eldorado do Sul e ao Lago Guaíba começará a aumentar já a partir da tarde deste sábado (28). “Desde ontem, voltou a chover em algumas regiões, como na Serra Gaúcha, a cerca de 100 quilômetros daqui. E a chuva sobre as áreas onde estão as cabeceiras de rios como o Taquari e o Jacuí [principal afluente do Lago Guaíba] acaba por nos afetar em Eldorado do Sul”, acrescentou o secretário, estimando que, na cidade, o “pico” da cheia dos cursos d´água deve ocorrer entre segunda (30) e terça-feira (1º). “Os meteorologistas projetam um pouco mais de chuva do que as dos últimos dias. Com isso, o nível do Guaíba deve atingir uma cota maior. Se as pessoas retornarem às áreas de risco sabendo que o rio vai transbordar e causar uma situação igual ou pior à anterior, estarão não só se colocando em risco, como ameaçando atrapalhar toda a operação que montamos para garantir a integridade da população”, comentou Rocha, garantindo que toda a equipe municipal está de prontidão. O novo alerta da Defesa Civil se aplica principalmente aos moradores de 11 bairros: Assentamento Irga; Chácara; Vila da Paz; Cidade Verde; Itaí; Sol Nascente; San Souci; Centro; Medianeira; Loteamento Popular e Picada. “Quem está fora, fique fora. Aguardem o resultado das próximas chuvas para avaliarmos a situação”, reforçou o secretário. Até esta manhã, as chuvas que começaram no último dia 17 e só pararam no meio desta semana deixaram 5.361 pessoas desalojadas (ou seja, que tiveram que deixar suas residências e se alojar na casa de parentes, amigos, hotéis ou pensões) e 345 desabrigadas (quem teve que ir para o abrigo municipal). “Desde o último dia 17, nos preparamos para um longo período de chuvas, o que acabou se confirmando. Todos os cenários apontam para [a hipótese de] um grande volume de chuvas [concentrado] em um pequeno espaço de tempo, mas nada comparável ao cenário de maio de 2024”, concluiu Rocha. Relacionadas Defesa Civil do Rio Grande do Sul emite novo alerta para chuvas fortes Defesa Civil confirma quarta morte após chuvas no Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul está mais preparado para chuvas, diz governador