As chuvas que atingem parte do Rio Grande do Sul desde o início desta semana voltaram a causar estragos e transtornos na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, na madrugada desta quarta-feira (18). O volume de chuva, de 69 milímetros (mm), registrado em apenas 4 horas foi superior à precipitação total de 61 mm que as autoridades municipais esperavam que atingisse a cidade ao longo do dia inteiro. Até o momento não há registro de feridos, mas a prefeitura do município já contabilizava 89 pessoas desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas residências e buscar abrigo temporário na casa de parentes e amigos ou em hospedagens, e 28 que, sem ter para onde ir, foram levadas para abrigos públicos. A força da chuva causou alagamentos por toda a cidade, principalmente na região oeste, onde a água entrou em casas, obrigando moradores a suspenderem seus móveis. Ao menos 29 estabelecimentos de ensino foram destelhados, o que motivou a prefeitura a suspender as aulas nas escolas municipais de educação infantil e de ensino fundamental das regiões oeste e leste da cidade. Equipes de servidores estão limpando as ruas, tentando desobstruir as galerias pluviais e, de acordo com a prefeitura, apesar dos transtornos, não há, por enquanto, risco de inundações como as que atingiram a cidade no ano passado. “Estamos novamente enfrentando as dificuldades [causadas] por esta chuva forte que está assolando o estado e a nossa cidade”, disse o prefeito Airton Souza, garantindo que ações preventivas já estão sendo executadas. “Foi, realmente, uma chuva torrencial, muito forte, e que causou uma situação bem difícil”. Relacionadas Chuvas fortes provocam danos em 23 municípios gaúchos No RS, casarão de 117 anos resistiu a várias enchentes do Rio Taquari