O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (19) que instruiu militares a intensificarem a pressão sobre o Hamas, depois que o grupo militante palestino rejeitou nesta semana uma proposta israelense de outra trégua temporária, exigindo, em vez disso, um acordo para encerrar a guerra em troca da libertação de reféns. Em um discurso televisionado, Netanyahu disse que, embora a guerra tenha um preço alto, Israel não tem "outra escolha a não ser continuar lutando por nossa própria existência, até a vitória". Mediadores egípcios têm trabalhado para restaurar o cessar-fogo, que Israel abandonou no mês passado depois de tentar estender uma trégua temporária que resultou na libertação de 38 reféns. O Hamas, cujos militantes realizaram o ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023 que desencadeou a guerra, disse que só libertará os reféns restantes mediante um acordo que encerre a guerra. Israel tem bombardeado Gaza com ataques aéreos desde o colapso do cessar-fogo. Autoridades de saúde palestinas disseram que os militares intensificaram seus ataques em toda a Faixa de Gaza e deixaram pelo menos 50 palestinos mortos em ataques neste sábado e 92 pessoas nas últimas 48 horas. Cinquenta e nove reféns ainda estão presos em Gaza, e acredita-se que menos da metade deles ainda esteja viva. Desde que recomeçou com seus ataques, Israel tomou partes da Faixa de Gaza e ordenou a retirada de centenas de milhares de residentes, o que os palestinos temem ser um passo para despovoar permanentemente partes da região. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que 1,6 mil pessoas foram mortas no último mês. É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Hamas diz estar pronto para libertar reféns e pôr fim à guerra em Gaza Israel ataca tendas de deslocados e deixa 25 mortos em Gaza Novo ataque israelense contra hospital em Gaza deixa 10 feridos