Na primeira noite dos desfiles das escolas de samba do grupo Especial de São Paulo, nesta sexta-feira (28), passaram pelo Sambódromo do Anhembi escolas Acadêmicos do Tatuapé, Barroca Zona Sul, Camisa Verde e Branco, Dragões da Real, Mancha Verde e Rosas de Ouro. As agremiações começaram a entrar na avenida depois do desfile das velhas guardas de São Paulo, que teve início às 21h. Todas as escolas de samba desfilaram no tempo previsto. Às 23h, a Colorado do Brás começou o desfile na volta para o Grupo Especial após dois anos no Grupo de Acesso. Com o enredo Afoxé Filhos de Gandhy, no Ritmo da Fé, que fala sobre alegria, felicidade, fé, amor, paz e o olhar de esperança, a escola de samba trouxe homenageou o afoxé Filhos de Ghandhy, bloco tradicional brasileiro. A escola homenageou Caetano Veloso, Gilberto Gil e Clara Nunes no carro abre-alas e teve figurinos inspirados nas roupas do ativista indiano Mahatma Gandhy. São Paulo (SP), 28/02/2025 - Colorado do Brás desfila no Sambódromo do Anhembi -  Paulo Pinto/Agência Brasil Às 00h05, a Barroca Zona Sul, que teve um dos carros alegóricos com problemas ainda na concentração, entrou com o samba Os Nove Oruns de Iansã”, rainha dos ventos e tempestades, representada pela rainha de bateria Juju Salimeni. Um dos destaques do desfile foi o carro abre-alas que deixava a avenida perfumada ao passar com a fumaça que representava os ventos. Com o problema no carro alegórico, a Barroca preferiu não fazer o recuo da bateria, para não atrasar o desfile, já que o segundo carro criou um buraco no trajeto. Apesar de o recuo não ser obrigatório, sem parar no recuo, as últimas alas têm dificuldade para ouvir o samba. O segundo carro trouxe uma representação da gratidão de Obuluaê e jogava pipocas pela avenida, representando o ritual de cura do orixá. Também trouxe a representação de Santa Bárbara, Iansã no catolicismo. São Paulo (SP), 28/02/2025 - Barroca Zona Sul desfila no Sambódromo do Anhembi - Paulo Pinto/Agência Brasil À 1h10, a vice-campeã de 2024, a Dragões da Real, entrou na avenida exibindo o samba-enredo A Vida é Um Sonho Pintado em Aquarela!, inspirado na música Aquarela de Toquinho e no neto do carnavalesco Jorge Freitas, que morreu em abril de 2024, aos 8 anos, por causa de uma doença rara. Com as fantasias e alegorias em cores vibrantes, a Dragões vestiu de preto a bateria, que tinha cores e luzes de led nos instrumentos. O destaque ficou para os carros alegóricos e a comissão de frente. São Paulo (SP), 28/02/2025 - Vice-campeã de 2024, Dragões da Real entrou na avenina com o enredo A Vida É um Sonho Pintado em Aquarela!  - Paulo Pinto/Agência Brasil A Mancha Verde entrou às 2h15 com o samba Bahia, da Fé ao Profano, mostrando onde tudo se mistura - Bahia, com representações da dualidade em alas e alegorias. Viviane Araújo, rainha da bateria há 20 anos, fez uma homenagem à cantora de axé, Daniela Mercury, usando a fantasia Canto da Cidade. A comissão de frente mostrou uma mistura da tradicional lavagem do Bonfim com as festas. São Paulo (SP), 28/02/2025 - Macha Verde representa a lavagem do Bomfim - Paulo Pinto/Agência Brasil A Acadêmicos do Tatuapé começou o desfile às 3h20 da madrugada com o enredo Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar, uma frase do pastor batista e ativista político Martin Luther King, que foi líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos de 1955 até seu assassinato em 1968. A letra é uma crítica ao extremismo, à intolerância religiosa e à violência cometida contra os menores e povos pretos. Um dos destaques foi o carro abre-alas que trouxe uma forca com um homem-enforcado, representando um dos métodos de execução mais utilizado na história da humanidade. São Paulo (SP), 01/03/2025 - Acadêmicos do Tatuapé representa uma forca, um dos métodos de execução mais utilizado na história da humanidade.- Paulo Pinto/Agência Brasil Às 4h25, a Rosas de Ouro foi a sexta escola a entrar na avenida, contando como os jogos influenciaram a humanidade, por meio do samba Rosas de Ouro em uma Grande Jogada. Escapando do rebaixamento no ano passado, a Rosas trouxe uma noite no cassino como comissão de frente e fez uma representação de um embaralhar de cartas na primeira ala. A rainha de bateria, Ana Beatriz Godoi, se destacou com uma flor com luzes neons no costeiro da fantasia que mudava a cor das pétalas e exalava perfume de rosa. A escola lembrou ainda dos jogos tradicionais dos anos 80 e 90 como War, Detetive, Pac-Man e Mario Bros. São Paulo (SP), 01/03/2025 - Rosas de Ouro representa uma noite no cassino- Paulo Pinto/Agência Brasil Última escola da primeira noite de desfiles, a Camisa Verde e Branco entrou às 5h30, homenageando o cantor Cazuza, falecido há 35 anos. Com trechos de músicas do cantor, a escola desfilou ao som do enredo Cazuza, o Tempo Não Para! O poeta vive. Um dos destaques foi a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, desfilando em um dos carros alegóricos. Também desfilaram o baterista da primeira formação do Barão Vermelho, Guto Goffi, e o ator Daniel de Oliveira, que atuou como Cazuza no filme de 2004 O Tempo Não Para. Na ala das baianas, a fantasia toda branca estava envolta pela fita vermelha, símbolo mundial da luta conta a Aids. São Paulo (SP), 01/03/2025 - Mãe de Cazuza, Lucinha Araújo é destaque da Camisa Verde e Branco- Paulo Pinto/Agência Brasil Neste sábado, (1) desfilam: Acadêmicos do Tucuruvi, Águia de Ouro, Gaviões da Fiel, Império de Casa Verde, Mocidade Alegre, Tom Maior e Vai-Vai. Galeria - Desfile das escolas de SP - Paulo Pinto/Agência Brasil Relacionadas Carnaval carioca começa com desfile da Série Ouro e 22 blocos de rua Poema charada convida foliões para cortejo de carnaval em Brasília Bola Preta aposta na tradição em desfile no dia do aniversário do Rio