O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (10) pedido da defesa para soltar a professora Monique Medeiros, acusada de participação na morte do próprio filho, o menino Henry Borel, de 4 anos de idade, em março de 2021. Os advogados entraram com um habeas corpus no Supremo e pediram a soltura após Monique ser agredida por outra detenta. Ela está presa no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. Na decisão, Gilmar Mendes manteve a prisão preventiva ao entender que a administração da penitenciária tomou providências, como a abertura de processo disciplinar contra a detenta que agrediu Monique, além do envio da acusada para uma cela isolada. A direção do presídio também informou que Monique está em uma cela localizada em um pavilhão destinado à internas que cometeram crimes contra crianças e que geraram comoção social, não permanecendo próximo às demais internas. "Como se vê, a administração penitenciária adotou todas as medidas para salvaguardar a integridade física da paciente, apesar de seu desinteresse inicial em ver processada a agressora", afirmou o ministro. Segundo a direção do presídio, Monique não quis formalizar acusação contra a agressora, mas mudou de ideia após encontro com seu advogado. Monique Medeiros e o ex-vereador do Rio Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, seu ex-namorado, que também é acusado de participar do crime, serão julgados pelo Júri Popular da comarca do Rio de Janeiro. A data do julgamento ainda não foi definida. Relacionadas STF adia conclusão de julgamento sobre revista íntima em presídios ADPF das Favelas: Barroso diz que STF não pretende criminalizar a PM Barroso diz que não é justo criticar STF por cumprir Constituição