Uma televisão da Palestina, ligada ao movimento fundamentalista Jihad Islâmica, anunciou nesta quinta-feira (26) a morte de cinco dos seus jornalistas, durante ataque do Exército de Israel no centro da Faixa de Gaza. O Exército israelense afirmou, na plataforma de mensagens Telegram, ter feito "ataque preciso a um veículo com célula terrorista da Jihad Islâmica na área de Nuseirat". Em comunicado, o canal de televisão Al-Quds Today disse que está de luto pelos "cinco jornalistas - Faisal Abu Al-Qumsan, Ayman Al-Jadi, Ibrahim Al-Sheikh Khalil, Fadi Hassouna e Mohammed Al-Lada'a, mortos num ataque sionista que visou um veículo de transmissão externo". A televisão disse que os funcionários foram mortos, na madrugada de hoje, no campo de refugiados palestinos de Nuseirat "enquanto cumpriam o dever jornalístico e humanitário". O ataque constitui, disse o canal, "crime que se soma à série de atos da ocupação (israelense) contra jornalistas palestinos". "Enquanto lamentamos a perda, continuamos com a nossa mensagem de resistência nos veículos de comunicação, garantiu a Al-Quds Today. Testemunhas disseram que um míssil disparado por avião israelense atingiu diretamente o veículo dos jornalistas, estacionado em frente ao Hospital Al-Awda, no campo de Nuseirat. Os passageiros morreram e o veículo incendiou-se. A explosão causou danos no hospital e um médico ficou gravemente ferido, disse o jornal palestino Filastín, também ligado à Jihad Islâmica. As forças israelnses afirmaram que, "antes do ataque, foram tomadas várias medidas para reduzir o risco de ferir civis, incluindo o uso de munições precisas e vigilância aérea". *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Hamas e Israel trocam acusações por atraso em cessar-fogo Mais de 1,7 mil jornalistas foram mortos em 20 anos em todo o mundo Ataque israelense mata três jornalistas no sul do Líbano