Ao menos 60 pessoas detidas durante os protestos contra as eleições presidenciais da Venezuela em julho foram libertadas, disse neste sábado (16) o Foro Penal, grupo local de direitos humanos. “Alguns presos políticos têm sido libertados desde a madrugada”, anunciou o diretor do grupo, Alfredo Romero, em uma publicação no X (antigo Twitter). Ele disse que até agora 10 pessoas foram libertadas de uma prisão conhecida como Yare III, e um número não especificado de outras pessoas da prisão feminina de Las Crisalidas também foi solto. Mais tarde, Romero publicou no Instagram que 50 jovens foram libertados da prisão de Tocoron. Um vídeo publicado por ele mostrou alguns deles caminhando por uma rodovia fora da prisão, sob aplausos. A expectativa era de que o número de libertações de prisioneiros aumentasse durante o dia. Sob aplausos A promotoria e o Ministério das Comunicações do país não responderam imediatamente a pedidos de comentários. Segundo o Foro Penal, pelo menos 1.800 pessoas foram presas após as eleições presidenciais de 28 de julho, que mantiveram o presidente venezuelano Nicolás Maduro no poder, apesar dos resultados fortemente contestados. Maduro assumiu o cargo em 2013 e deverá iniciar seu próximo mandato de seis anos em janeiro. A eleição gerou protestos contra o governo. A oposição, grupos de direitos humanos e sindicatos acusam o governo de Maduro de reprimir a dissidência. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Itamaraty cita “tom ofensivo” em manifestações de venezuelanos Argentina quer prisão de Maduro; Venezuela pede prisão de Milei